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Ouro em 2025: o ativo que brilha quando o mundo duvida

  • Foto do escritor: João Beck
    João Beck
  • 21 de out.
  • 3 min de leitura

O ouro vem de nove semanas consecutivas de alta, acumulando mais de 50% de valorização no ano e atingindo máximas históricas acima de US$ 4.000 por onça-troy.

Recentemente, chegou a tocar US$ 4.392, e segundo analistas da ANZ, o metal pode alcançar US$ 4.600 até meados de 2026.


Em tempos de incerteza global, o ouro volta a ser o porto seguro dos investidores, um refúgio clássico que resiste às crises, à inflação e às oscilações de mercado.


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Por que o ouro está subindo em 2025?

A alta do preço do ouro em 2025 não é apenas um movimento especulativo.

Ela é sustentada por fundamentos sólidos, reflexo direto do cenário macroeconômico global.


O metal precioso vem sendo impulsionado por uma combinação de fatores que reforçam seu papel como ativo de proteção e diversificação de portfólio.


  • Tensões geopolíticas e tarifas de Trump

O retorno do discurso protecionista e as tarifas comerciais contra a China reacenderam o medo de uma nova guerra comercial global.

Essas medidas elevam o risco de inflação e reduzem a confiança dos investidores, direcionando capital para o ouro como proteção.


  • Risco bancário e crédito apertado

As incertezas no sistema financeiro americano e a retração do crédito aumentam a aversão ao risco, fortalecendo a busca por ativos de refúgio como o ouro.


  • Desvalorização do dólar

Com o dólar enfraquecendo frente a outras moedas, o ouro se torna mais acessível globalmente, atraindo tanto investidores institucionais quanto bancos centrais.


  • Inflação persistente

Mesmo após o ciclo de aperto monetário, a inflação permanece acima da meta em diversas economias, o que mantém o ouro como hedge natural contra a perda do poder de compra.


  • Compras de bancos centrais

Países como China e Índia seguem aumentando suas reservas de ouro, reduzindo a dependência do dólar e ampliando a demanda pelo metal precioso.


  • Expectativa de cortes de juros nos EUA

A possível redução dos juros pelo Federal Reserve ainda em 2025 é um dos principais motores dessa alta.

Com o rendimento dos Treasuries em queda, o custo de oportunidade de manter ouro diminui, e o capital global migra em busca de ativos reais.


Em outras palavras: juros menores significam ouro mais forte.



O papel do FED e dos juros na valorização do ouro

A disparada do ouro reflete a virada no ciclo global de juros.

Após anos de aperto monetário, o Federal Reserve iniciou cortes graduais, sinalizando um cenário de maior liquidez e menor retorno em renda fixa.


Na prática:


  1. Juros mais baixos → menor atratividade dos títulos públicos Com os Treasuries rendendo menos, investidores buscam alternativas seguras e o ouro se fortalece.


  2. Mais liquidez → mais busca por segurança Com crédito mais barato e dólar enfraquecido, cresce o fluxo de capital para commodities e ativos reais.


  3. Inflação ainda acima da meta → ouro como escudo natural Mesmo com os cortes, o FED reconhece que o controle inflacionário ainda não é total.


Resultado: Em ciclos de juros em queda, o ouro tende a se valorizar, porque o custo de oportunidade de mantê-lo é menor.



Como investir em ouro pela Bolsa (B3)

Se você quer investir em ouro sem precisar comprar barras físicas, há diversas opções disponíveis na B3:


ETFs de ouro

  • GOLD11 — replica o ETF americano IAU, acompanhando o preço internacional do ouro.

  • GLDX11 — versão com lastro físico em barras de ouro.


BDRs de ETFs

  • BIAU39 — certificado do ETF IAU, acessível a todos os investidores.

  • ABGD39 e GDXB39 — disponíveis para investidores qualificados.


Fundos de investimento em ouro

Opção para quem deseja exposição ao ouro com gestão profissional, além de diversificação automática da carteira.



Vantagens e desvantagens de investir em ouro

Vantagens

  • Proteção contra inflação e crises globais

  • Diversificação do portfólio em momentos de incerteza econômica


Desvantagens

  • O ouro não gera renda (sem juros ou dividendos)

  • Pode apresentar volatilidade no curto prazo



Conclusão: ouro é mais do que brilho, é fundamento

O ouro sobe quando o mercado duvida.

Mais do que um investimento, ele é um termômetro da confiança global.


Enquanto o mundo discute o ritmo dos cortes de juros, o metal reforça seu papel histórico:


Segurança também é rentabilidade.

E em 2025, o ouro continua provando que brilho e solidez podem caminhar juntos.

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